Foi aprovado, nesta quarta-feira (22), o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga possíveis irregularidades em contratos internacionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no período dos governos petistas de 2003 a 2015 aprovou. O Partido NOVO se posicionou contra a aprovação, uma vez que os nomes de 11 políticos acusados de fazer parte do esquema tiveram seus pedidos de indiciamento retirados. Entre eles, estavam os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Os nomes constavam de um voto em separado apresentado pela deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF).
Foram 19 votos a favor e 10 contra. Para o NOVO, a terceira CPI do BNDES nos últimos quatro anos deveria responsabilizar o grupo político envolvido nas denúncias. O deputado federal Alexis Fonteyne (NOVO-SP) afirmou que Parlamento deve uma resposta à população. “A sociedade brasileira exige que seja votado esse relatório e sejam responsabilizadas as pessoas que saquearam o BNDES”, disse durante a Comissão. Ele completou: “Não é possível que passemos o recado pra sociedade de que o que é publico pode ser saqueado e ninguém será responsabilizado”.
Paulo Ganime (NOVO-RJ) também lamentou que o relatório aprovado não tenha sido um mais rigoroso, que deixaria clara a participação de um núcleo político. No entanto, ele celebrou o fato de o PT, mesmo após manobra para isentar os integrantes do partido do processo, mas celebrou o fato de o PT, reconhecer os atos ilícitos envolvendo o BNDES durante os governos petistas. “Ficamos felizes que, ao menos o relatório original, incluindo esses 11 nomes, se mantém vivo e será encaminhado para apreciação da Procuradoria-Geral da República”, concluiu.
O texto aprovado pela Comissão incrimina os grupos empresariais Odebrecht e seus responsáveis, Emílio e Marcelo Odebrecht; e J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS. O documento pede, ainda, o indiciamento de ex-ministros, ex-presidentes do BNDES, servidores públicos e funcionários do banco.